Benfica é tricampeão da Taça da Liga

Não há duas sem três e o Benfica conquistou a Taça da Liga pela terceira vez consecutiva, depois de bater o Paços de Ferreira por 2-1 no Estádio Cidade de Coimbra.

A equipa de Jorge Jesus, mais habituada a estas andanças, aproveitou a intranquilidade e o deslumbramento da formação de Rui Vitória e construiu a conquista de mais uma Taça da Liga no primeiro tempo, com golos de Jara e Javi Garcia.

Na etapa complementar, de nada valeu, do ponto de vista prático, o golo na própria baliza de Luisão, embora o Paços de Ferreira tenha dado uma imagem diferente e mais positiva, em comparação com os primeiros 45 minutos.

A primeira parte praticamente apenas teve como sentido único a baliza de Cássio, com o Benfica a aproveitar a intranquilidade dos jogadores do Paços de Ferreira, num cenário ao qual não estão habituados, como a final de uma competição.

Como prova disso, Saviola foi o primeiro a ameaçar a baliza dos pacenses, mas o remate do argentino saiu a lado, embora a bola tenha batido no poste, antes de sair pela linha de fundo. O Benfica jogava a seu bel-prazer, exercia uma forte pressão sobre o adversário e controlava a bola dentro do meio-campo do Paços de Ferreira, que contava um número exagerado de passes falhados, sinal da intranquilidade dos castores.

Aos 17 minutos, surgiu o primeiro golo do jogo, com Jara a inaugurar o marcador de cabeça. O argentino, de cabeça, não deu qualquer hipótese de defesa a Cássio, com grande mérito da jogada a ir para Fábio Coentrão que, após um lance de insistência do lado esquerdo, cruzou com mestria para a cabeça de Jara.

O golo dava justiça ao resultado e o Paços de Ferreira não parecia ter capacidade para criar problemas na defesa. Nem em jogo corrido, nem de bola parada, como prova o penálti que Manuel José desperdiçou aos 30 minutos, permitindo a defesa de Moreira, que mereceu a confiança de Jorge Jesus para um dos jogos mais importantes da época encarnada.

Tendo em conta o pouco volume ofensivo da equipa de Rui Vitória, a grande penalidade pareceu cair do céu, mas o desperdício de uma grande oportunidade poderia ser fatal para o Paços de Ferreira. Quem pensou isso não se enganou porque o Benfica, a três minutos do intervalo, ampliou a vantagem para 2-0, o que deu maior tranquilidade às águias.

Na segunda parte, o Paços de Ferreira tinha que fazer bem melhor que nos primeiros 45 minutos para continuar a ambicionar em conquistar a Taça da Liga. Marcar cedo era o ideal e os castores conseguiram-no, através de uma falha de comunicação entre Luisão e Moreira, com o capitão encarnado a marcar na própria baliza.

Ao contrário da primeira parte, a etapa complementar mostrou um Paços de Ferreira mais atrevido e com vontade de chegar cedo ao empate, de tal forma que Moreira teve que fazer um punhado de boas defesas para impedir o golo da igualdade.

O Benfica não conseguia pressionar como o fez no primeiro tempo e os pacenses conseguiram estender-se mais no terreno e tornaram-se mais perigosos, a tal ponto que obrigaram Jorge Jesus a dar maior consistência defensiva, colocando Airton em campo, em detrimento de Saviola, já depois de César Peixoto ter entrado para o lugar de Carlos Martins. Rui Vitória, por sua vez, tentou dar mais frescura e velocidade, tirando Manuel José para colocar Caetano, e mais presença na área, ao lançar Nélson Oliveira para o lugar de David Simão.

O resultado, no entanto, jamais se alterou e o Benfica, na quarta edição, conquistou a terceira Taça da Liga consecutiva diante de um Paços de Ferreira brioso e com uma atitude positiva, naquela que foi a terceira final da sua história.